terça-feira, 22 de novembro de 2011

A mudança de postura

A mudança de postura é aquele periodo de tempo que decorre desde o momento em que as crias tem 4 semanas (e ainda estão no ninho) e o inicio da postura seguinte.
Neste periodo, os principais objectivos são: não perder as crias, que podem ser vitimas do casal que quer reiniciar nova postura; e a perda dos novos ovos, pelas crias ainda a movimentarem-se pelo ninho.  
Várias soluções podem ser experimentadas:
- Se for a última postura do casal, podemos retirar a femea, antes de ser estimulada a desenvolver nova postura e deixar o macho a alimentar as crias. Claro que o sucesso vai largamente depender da capacidade do macho cumprir a sua função. Podemos encontrar machos perguiçosos.
- Ainda na última postura, quando o macho se constitui a ameaça ás crias, podemos sempre retira-lo e permitir que a femêa acabe de alimentar as crias. Pode aconteçer que esta acabe por efectuar nova postura. Nesse caso, devemos colocar os ovos noutra femêa e dar-lhe descanso.
- Se estivermos na passagem à segunda postura, podemos retirar as crias e dividi-las por outras femeâs, procurando alguma compatibilidade com as idades dos bebés.
-  Se a gestão anterior não for possivel, devemos colocar as crias noutra gaiola e repartir o macho pelas funções de acasalamento com a femêa e alimentação das crias. O macho não deve ser retirado à femêa antes do periodo de actividade (até ás 11 horas) que decorre no inicio do dia e deve regressar à sua parceira antes das 17 horas, para que se aproveite o periodo de actividade do fim da tarde. Claro que, esta situação requer disponibilidade.
- Porém, se o casal aceita bem a convivência com os filhotes, quando inicia a nova postura, devemos acautelar os novos ovos. Uma forma de o fazer é substituir os ovos que forem depositados por outros de plásticos, para que as crias que ainda percorrem o ninho não os danifiquem, com fezes ou patadas. Os ovos dessa femêa devem ser colocados noutros ninhos até que as crias saiam e eles possam regressar ao ninho de origem.
No entanto, para que tudo corra bem, é importante conhecer o temperamento de cada periquito envolvido no processo reprodutivo e tendo-o em consideração actuar de forma inteligente.
Os processos de substituição constituem a forma de rentabilizar a época reprodutiva. Mas, para que eles possam ser realizados é importante estruturar os tempos de reprodução dos vários casais que preenchem o nosso criadouro. Habitualmente, divido o número de casais em três partes e junto cada parte com um intervalo de 1 semana. Os casais com maior importância do ponto de vista genético, coloco no grupo do meio, para obter maior amplitude de opções.
Enfim, como diria Einstein: “Tudo é relativo”