quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Factores de escurecimento

 Quando o nosso plano genético permite pensar nos factores de escurecimento, convêm ter em conta algumas considerações.


O factor de escurecimento não é uma cor, apenas a modifica dando-lhe uma intensidade diferente. Este factor é importante e apenas válido para combinar a intensidade de cor do corpo nos periquitos de cores verdes e azuis.


Existem 3 factores de escurecimento:

- Claro: sem factor de escurecimento (00)
  (Cores: Verde Claro, Azul celeste)



- Médio: com 1 factor de escurecimento (0I)
  (Cores: Verde Laurel, Azul Cobalto)

- Escuro: com 2 factores de escurecimento (II)
  (Cores: Verde Oliva, Azul Malva)
CRUZANDO UM ESCURO COM UM CLARO


I
I
O
OI
OI
O
OI
OI

100% Medios

- Se sairem verdes, serão laureís
- Se sairem azuís, serão cobaltos

CRUZANDO UM ESCURO COM UM ESCURO


I
I
I
II
II
I
II
II

100% Escuros

- Se sairem verdes, serão olivas
- Se sairem azuis, serão malvas
CRUZANDO UM CLARO COM UM CLARO


O
O
O
OO
OO
O
OO
OO

100% Claros

- Se sairem verdes, serão verdes claro
- Se sairem azuís, serão azuís celestes

CRUZANDO UM MÉDIO COM UM MÉDIO


O
I
O
OO
OI
I
OI
II

25% Claros
- Se sairem verdes, serão verdes claro
- Se sairem azuís, serão azuís celestes

50% Medios
- Se sairem verdes, serão verdes laurel
- Se sairem azuís, serão azuis cobalto

25% Oscuro
- Se sairem verdes, serão verdes oliva
- Se sairem azuís, serão azuís malva

terça-feira, 22 de novembro de 2011

A mudança de postura

A mudança de postura é aquele periodo de tempo que decorre desde o momento em que as crias tem 4 semanas (e ainda estão no ninho) e o inicio da postura seguinte.
Neste periodo, os principais objectivos são: não perder as crias, que podem ser vitimas do casal que quer reiniciar nova postura; e a perda dos novos ovos, pelas crias ainda a movimentarem-se pelo ninho.  
Várias soluções podem ser experimentadas:
- Se for a última postura do casal, podemos retirar a femea, antes de ser estimulada a desenvolver nova postura e deixar o macho a alimentar as crias. Claro que o sucesso vai largamente depender da capacidade do macho cumprir a sua função. Podemos encontrar machos perguiçosos.
- Ainda na última postura, quando o macho se constitui a ameaça ás crias, podemos sempre retira-lo e permitir que a femêa acabe de alimentar as crias. Pode aconteçer que esta acabe por efectuar nova postura. Nesse caso, devemos colocar os ovos noutra femêa e dar-lhe descanso.
- Se estivermos na passagem à segunda postura, podemos retirar as crias e dividi-las por outras femeâs, procurando alguma compatibilidade com as idades dos bebés.
-  Se a gestão anterior não for possivel, devemos colocar as crias noutra gaiola e repartir o macho pelas funções de acasalamento com a femêa e alimentação das crias. O macho não deve ser retirado à femêa antes do periodo de actividade (até ás 11 horas) que decorre no inicio do dia e deve regressar à sua parceira antes das 17 horas, para que se aproveite o periodo de actividade do fim da tarde. Claro que, esta situação requer disponibilidade.
- Porém, se o casal aceita bem a convivência com os filhotes, quando inicia a nova postura, devemos acautelar os novos ovos. Uma forma de o fazer é substituir os ovos que forem depositados por outros de plásticos, para que as crias que ainda percorrem o ninho não os danifiquem, com fezes ou patadas. Os ovos dessa femêa devem ser colocados noutros ninhos até que as crias saiam e eles possam regressar ao ninho de origem.
No entanto, para que tudo corra bem, é importante conhecer o temperamento de cada periquito envolvido no processo reprodutivo e tendo-o em consideração actuar de forma inteligente.
Os processos de substituição constituem a forma de rentabilizar a época reprodutiva. Mas, para que eles possam ser realizados é importante estruturar os tempos de reprodução dos vários casais que preenchem o nosso criadouro. Habitualmente, divido o número de casais em três partes e junto cada parte com um intervalo de 1 semana. Os casais com maior importância do ponto de vista genético, coloco no grupo do meio, para obter maior amplitude de opções.
Enfim, como diria Einstein: “Tudo é relativo”

domingo, 13 de novembro de 2011

Eliminar "Taras"

Por vezes, surgem femeas novas que não se fixam no choco, como a que se segue:
Quando temos uma femêa que é importante para o nosso plano genético, há que tentar tudo.
A femêa no primeira postura teve o comportamento de enviar os 4 ovos que tinha posto para fora do ninho.
Na segunda postura resolvi o problema com ovos plásticos de canário.
Comecei por ir retirando os ovos que ela ia pondo (colocando-os em outro ninho) e substituindo-os pelos de plástico.
Estes foram retirados pela femea para o tabuleiro. O processo de recolocação dos ovos plásticos decorreu durante 5 dias até ao final da postura.
Após este periodo de turbulência a femêa acalmou e começou o choco normalmente e sem mais incidentes.
Em seguida, vamos retirando os ovos plasticos pelos verdadeiros (que estavam em outro ninho).
Depois, já sabem, é aguardar pelo nascimento das crias e verificar se ela procede à sua alimentação.

domingo, 6 de novembro de 2011

Uma femêa que não está para brincadeiras

(Re)iniciar a criação de periquitos de porte e exposição

Para começar a criar periquitos de porte é essencial ter alguma experiência na hospedagem, gestão e reprodução destas aves.
Os primeiros periquitos que tive foram de cor (pois nem sabia da existência de outros) e com eles adquiri alguma experiência. Mais tarde quando tive conhecimento da existência dos periquitos de porte, iniciei a renovação do plantel. Contudo, alguma experiência já tinha sido adquirida o que facilitou na resolução dos novos desafios.
Isso não significa que se tenha de começar com periquitos de cor. Pode-se começar com algums casais de porte. O importante é não ter pressa e  gastar mal o dinheiro, se não temos conhecimento para tanto. O investimento deve ser directamente proporcional ao nosso crescimento como gestores de um plantel de aves.
Inicialmente devemos estabelecer contactos com outros criadores e visitá-los, pedir-lhes opiniões, sugestões, registar a forma como abordam a gestão do seu criadouro (não só a nível de manutenção, como na orientação de linhas genéticas) e reter esse conhecimento. Nestas visitas começamos a treinar o nosso olho relativamente às caracteristicas desejaveis e indesejáveis numa ave.
Devemos ainda visitar o máximo de exposições, não só conhecemos mais criadores, como nos permite a comparação entre os vários fenotipos que surjam a concurso. As exposições são ao mesmo tempo um bom momento para treinar o nosso olho. Assim, estaremos mais aptos para quando chegar a ocasião de adquirirmos o nosso plantel inicial, pois saberemos melhor aquilo que procuramos.
Quando sentimos que estamos à altura para gerir um criadouro, chegou o momento de adquirir aves.
Na minha opinião devemos comprar as aves aos criadores cujos planteis sejam bastante consistente e que tenham adquirido exemplares de elevada qualidade (pagos a altos preços) a criadores de topo. Claro que nem essas aves, nem os seus melhores filhos estarão à venda. Porém, alguns irmãos e irmãs, de menor qualidade ao nível do fenótipo, dessas ninhadas, podem ser adquiridos a preços mais acessiveis para os iniciantes. Estes, apesar de não serem tão bons (visivelmente), tem a mesma estrutura genética.
Devemo-nos acautelar com criadores que utilizam o seu palmarés como forma de promoção mercantil e depois fornecem-nos aves de linhas (paralelas) que nada tem a ver com a de competição e exigem preços não compativeis com a qualidade apresentada.
Por isso, sempre que comprar aves para o seu plantel, pergunte e peça ao criador que lhe apresente as relações de parentesco de cada ave (pais, irmãos, irmãs, etc.).
Na parte da venda, o criador experimentado que recebe o iniciado, deve promover o melhor que souber o hobby, recomendando as suas aves e a forma como lidar com elas a nível de cruzamentos. Para motivar o iniciante devem-se ceder os melhores passaros possiveis. Fechar a possibilidade a um iniciante progredir é fechar as portas ao desenvolvimento do hobby.

Neste propósito, estabeleçaria aqui uma máxima:
Mais vale adquirir um periquito menos bom que tenha sido obtido a partir de um bom acasalamento, do que adquirir um bom periquito obtido de um acasalamento mediocre.

Por entre os criadores que tivemos a oportunidade de conhecer, ao longo do nosso trabalho de campo, devemos selecionar dois ou três e adquirir também, dois ou três casais de cada um (num numero de casais de 6 a 9). Se possivel, deveremos tentar obter algumas femêas extras, para podermos rodar o nosso melhor macho por mais de uma femea.
No entanto, devem-se escolher criadores cujo fenótipos se completem. Desta forma, o nosso trabalho será interpretar e cruzar as melhores caracteristicas de determinado fenótipo com as melhores do outro, para obter um bom periquito de exposição.
Para a obtenção do sucesso como criador e obter excelentes exemplares, o mais perto do actual modelo, não existe qualquer formula mágica ou segredo por desvendar. Claro que é importante o conhecimento técnico ao nível das leis da genética. Mas, o mais importante é ter dedicação, paciência e inteligência para perceber o erro e encontar a solução.
No que diz respeito às exposições, elas são mais importantes para podermos estabeleçer comparações com aves de outros planteís, do que propriamente para a obtenção de prémios. As exposições são momentos de reflexão para percebermos o que temos de melhorar.
Espero que este artigo ajude e incentive qualquer criadouro que esteja a iniciar-se no hobby, pois penso que a “partilha” e o “conhecimento” constituem elementos essenciais para a elevação do nosso nível de consciência.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Observando o fenótipo tendo em conta o genótipo


Adquirir aves para o nosso plantel constitui um dos desafios mais interessantes deste hobby.
Começamos por conhecer outros criadores, instalações, experiências e conhecimentos que em simultâneo confrontamos com os nossos.
Porém, quando chega o momento de escolhermos entre as aves que estão disponiveis, as que nos interessam, convém solicitar ao nosso anfitreão os respectivos pedigrees e pedirmos para que nos apresente os seus parentes.
Isto, porque não devemos menosprezar obter uma ave cujo seu fenotipo, apesar de não ser muito vistoso, pode ser portador de boas caracteristicas.

Na semana passada registei esta situação na visita que fiz ao José Brázio. Na apresentação que ele me fez do seu plantel e nas relações de parentesco estabelecidas deparei com os seguintes casos:


Na foto acima temos filha (à esquerda) e mãe (à direita).
Pois é, quem diria a julgar apenas pelo fenotipo!

E mais outro exemplo...

Na foto seguinte temos (da esquerda para a direita) irmão, irmã e mãe.



Bom, os comentários deixo para vocês ...

Fica a dica: peçam os pedigrees, informem-se pelos seus descendentes e façam a escolha tendo em conta as caracteristicas que necessitam para introduzir no vosso plantel.

Agradeço ao José Brázio pelo facto de ter salientado esta questão e ter sugerido os exemplos que vos publico.

Os SMURFS visitaram o criadouro

Os Smurfs já não estão nos ecrâs das salas de cinema, mas andam por ai á solta.
Ontem fomos visitados pelo Smurf Brincalhão e pela Smurfina, que nos ajudaram nas tarefas diàrias do criadouro.



 O Smurf brincalhão ajudando com os bebedouros

A Smurfina tomando conta das crias

Os periquitos no I Campeonato da Costa Azul - Moita


 A secção de periquitos




 O José Paulo, aspirante a juiz de periquitos, assistindo e recebendo formação do Armando Cerezo, Juiz de Psitacidios a nivel Nacional e internacional pela C.O.M.

 Eu, de regresso à secção de periquitos

O João Oliveira Vice-presidente da A.A.P. junto das suas aves premiadas.

As aves premiadas

E agora vamos aos vencedores (a listagem não está completa, mas segue o possivel):


Criador
Prémio
Pontos
Classe
José António Brázio
Best in Show
92
I1-6


Outra foto da mesma ave


Criador
Prémio
Pontos
Classe
Maria José Correia
Best Any Age
92
I1-106

<><><>
Criador
Prémio
Pontos
Classe
José Paulo Correia
Best Young Bird Opp. Sex
92
I1-56



Criador
Prémio
Pontos
Classe
José António Brázio
Best Any Age Opp. Sex
90
I1-152



Criador
Prémio
Pontos
Classe
José Paulo Correia
1ºLugar
91
I1-112



Criador
Prémio
Pontos
Classe
José Paulo Correia
1ºLugar
90
I1-104



Criador
Prémio
Pontos
Classe
Carlos Andrade Araújo
1ºLugar
91
I1-14



Criador
Prémio
Pontos
Classe
José António Brázio
1ºLugar
91
I1-52



Criador
Prémio
Pontos
Classe
José António Brázio
1ºLugar
91
I1-4



Criador
Prémio
Pontos
Classe
Jorge Manuel Branco
1ºLugar
91
I1-066

Criador
Prémio
Pontos
Classe
José António Brázio
1ºLugar
90
I1-72



Criador
Prémio
Pontos
Classe
José António Brázio
1ºLugar
91
I1-4


Alguns segundos classificados:

Criador
Prémio
Pontos
Classe
José António Brázio
2ºLugar
90
I1-52



Criador
Prémio
Pontos
Classe
Jorge Manuel Branco
2ºLugar
91
I1-6



Criador
Prémio
Pontos
Classe
José Paulo Correia
2ºLugar
89
I1-72



Criador
Prémio
Pontos
Classe
José António Brázio
2ºLugar
90
I1-56



Criador
Prémio
Pontos
Classe
José António Brázio
2ºLugar
90
I1-52



Criador
Prémio
Pontos
Classe
José António Brázio
2ºLugar
90
I1-14


E ainda:

Criador
Prémio
Pontos
Classe
João Oliveira
Melhor Periquito de Cor
92
I2-4


Os troféus:

BEST IN SHOW

 BEST ANY AGE

 BEST ANY AGE OPPOSITE SEX

 BEST YOUNG BIRD

 BEST YOUNG BIRD OPPOSITE SEX


MELHOR PERIQUITO DE COR

A entrega dos troféus:

Entrega do Best in Show ao José Brázio.

 Entrega ao José Paulo Correia o prémio de Best Young Bird Opposite Sex

 Entrega ao João Oliveira do prémio de Melhor Periquito de Cor

 José Brázio e o seu Best In Show

José Brázio exibindo as suas 3 aves premiadas

Parabéns a todos os criadores que participaram na secção de periquitos e em especial aos vencedores, o José Brázio e o José Paulo Correia pela excelência das aves apresentadas a concurso.